terça-feira, 4 de setembro de 2012

Texto de autoria Grupo Inovageo - Biocombustíveis


Produção de um texto de autoria do Grupo Inovageo para o Blog, ligados ao Tema da Disciplina 8, a Charge e ao Vídeo escolhido pelo grupo.

Pensando nas questões sobre energia limpa e biocombustíveis é necessário estudar a fundo algumas propostas:
Primeiro: Não existe energia limpa em 100%. Todos de alguma forma liberam algum poluente.
Segundo: Todos os biocombustíveis competem com a produção agrícola, pois demandam espaços cada vez maiores, e estão ligados ao agronegócio. Como tem maior lucratividade o biodiesel, muitos fazendeiros deixam de investir na área de alimentação.
Terceiro: Normalmente é realizado o sistema de monocultura, o que desgasta em demasia o solo e requer além de fertilizantes, correção química do solo.  Embora uma propriedade possua espaço extremamente amplo, por causa da produtividade ele se torna pequeno e não tem descanso.
Quarto: Para sua produção é usado uma porcentagem alta de energia, que normalmente ou vem das hidrelétricas ou do sistema diesel. Utilizando os recursos hídricos em demasia ou queimando combustão e liberando CO2.
Quinto: Desde a sua plantação até a sua colheita uma grande quantidade de água, normalmente desviada de rios, córregos, e volta através do ciclo hidrológico às terras, muitas vezes contaminadas por elementos químicos pesados que seja derivado dos fertilizantes.
Sexto: Por atuar no segmento de agronegócios, muitos fazendeiros deixam de produzir para a área de alimentação para atuar na área de combustível, o que pode contribuir para o desabastecimento, provocar a alta dos alimentos.
Sétimo: Algumas indústrias principalmente nas regiões em que estão concentrados os agronegócios tem mudado o perfil de produção, pois os biocombustíveis estão em alta. Deixando uma parcela da população sem empregos e indo buscar mão de obra especializada em outros países.
Oitavo: Embora tenha um pequeno índice de poluentes, não deixam de poluir em menor escala e aumentar o CO2. Também aqui vale salientar a intima ligação com a Charge escolhida pelo Grupo (http://www.biodieselbr.com/charges/orlandeli/mobi-aquec-global-190209.htm).
Estas são apenas algumas propostas que devem ser vista de modo crítico pelos governos dentre tantas outras, como a questão do barateamento da mão de obra, também a mecanização do campo em quase sua totalidade. Sobrando empregos para quem é especialista. Não há uma política de formação de mão de obra, o que causa o êxodo para outras regiões, principalmente as metropolitanas, aumentando o número de desempregados e a violência e o sucateamento dos serviços públicos dentre eles, a saúde e educação.
Há necessidade de um esforço conjunto dos países que assinam acordos como o Protocolo de Kyoto e também participam de Encontros e Eventos Internacionais como a Rio+20, para que em seu território implantem medidas eficazes de sustentabilidade, pois as questões climáticas, planetárias atingem a todos. E em relação aos biocombustíveis e sua implantação ele deverá, de acordo com o Texto da Disciplina 8, página 60 “No que diz respeito ao potencial de reduzir ou exacerbar a pobreza, os agros combustíveis esbarram nas mesmas imperfeições políticas, regulamentares ou de investimentos que impedem que a agricultura seja uma opção para a redução da pobreza”. Para sanar a maioria dessas imperfeições há a necessidade de melhoramentos políticos no âmbito dos países, muito mais que no nível global, o que leva à consideração de se efetuar uma análise país a país para se avaliar o impacto do agro combustível na redução da pobreza. Também pensar em modelos que beneficiem a todos implantando Projetos de Desenvolvimento econômico e social sustentável em países mais pobres, com intervenções de ajuda econômica, social, educacional, tecnológica e científica.
Cremos que este trecho está em consonância com o que lemos no Tema 3, página 50, que diz:
“Nesse jogo desigual, há alguns aspectos a serem considerados. O primordial já foi constatado, que é a necessidade de geração de energia para suprir as demandas dos blocos desenvolvidos; em seguida, o valor cada vez mais alto dos combustíveis fósseis começa a inviabilizar uma série de economias mundiais e, além disso, o custo das políticas mais agressivas para se obter esse produto, leva os políticos a avaliar, pura e simplesmente, que é mais vantajoso aplicar esforços em políticas geradoras de uma energia “limpa” e com um selo político muito mais aceitável, pois em tese gera empregos e é mais barata. Entretanto, os blocos desenvolvidos não querem, ou não tem área agricultável suficiente para produzir estes agros combustíveis em seu território. Por fim, o último aspecto a ser analisado, e o mais crucial deles, é a competição pelas áreas da agricultura que gera alimentos. Na estrutura geopolítica atual parece haver um jogo desigual que empurra a produção dos agros combustíveis justamente para os locais mais pobres e famintos do planeta. Vale neste ponto lembrar as questões levantadas no texto escolhido pelo grupo sobre os pontos contra o biocombustível” (http://www.ebah.com.br/content/ABAAAACfkAC/pontos-contra-os-biocombustiveis).


Bibliografia
Texto da Disciplina 8 – Gestão do Território: Energia e Meio Ambiente.
http://www.youtube.com/watch?v=nO5He1XRchg


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